Sua respiração é saudável? Por: Thays Biasetti É fácil descobrir se sua respiração é pobre ou rica para seu organismo. Esses testes aju É fácil descobrir se sua respiração é pobre ou rica para seu organismo. Esses testes ajudam a saber se você se beneficia ou não dela durante a prática Por Thays Biasetti Para que o organismo trabalhe corretamente, o ato de respirar precisa ser eficiente. Desse modo, o pulmão consegue realizar plenamente sua função de troca dos gases, carregando mais oxigênio e eliminando uma maior quantidade de gás carbônico. Quando a respiração é deficiente, podem surgir alguns problemas. “Pessoas que não respiram direito não conseguem oxigenar completamente as células, o que pode levar a desconfortos, como falta de ar e dificuldade de terminar uma frase em um único fôlego”, disse Moisés Agmep educador vocal, de São Paulo. A respiração pelo Yoga Do ponto de vista iogue, respirar corretamente equilibra a energia dos chakras localizados nas partes do corpo onde cada respiração atua. “O svadhisthana chakra é responsável pelos órgãos do abdome, como intestinos, rins e órgãos sexuais, e é ativado pela respiração abdominal. O manipura, da respiração da parte baixa da costela, atua no sistema digestivo. E o anahata é o chakra do coração que consegue energia com a respiração clavicular”, disse André Oliveira, professor de Yoga, de Porto Alegre, que comenta que quando a pessoa respira pelo peito, tem a respiração encurtada, causando a sensação de falta de ar. Assim como a respiração estritamente intercostal pode enfraquecer os chakras do abdome e do coração, e respirar pelo abdome gera uma energia exagerada no svadhisthana chakra e desequilibra o restante. A respiração completa é capaz de energizar igualmente todos os chakras e manter o equilíbrio do organismo. A respiração pobre também atrapalha a prática de Yoga por questões físicas. Se os pulmões não encherem plenamente, o iogue pode sentir falta de ar, indisposição e até tontura. “A respiração é um dos pontos mais importantes do Yoga. É ela que traz a energia vital para o corpo e melhora a prática de asanas. Por isso, uma das primeiras coisas que um praticante aprende são os pranayamas”, comentou André. O professor de Porto Alegre disse que em práticas fortes, o respirar “pela metade” pode não conseguir oxigenar as células e, então, vêm os desconfortos. “É igual em qualquer outro exercício aeróbico. Se faltar ar, a pessoa pode até desmaiar”, explicou. Como você respira? Segundo os professores e especialistas, há quatro formas fisiológicas de respirar: pela parte superior do peito ou clavicular; pela parte inferior do tórax ou intercostal; pelo abdome, respiração abdominal; ou utilizando as três partes, que é a respiração completa. “A respiração clavicular é responsável por apenas 25% do ar que absorvemos; a abdominal 60%; e a intercostal 15%”, explicou André Oliveira. Para que toda a capacidade do pulmão seja preenchida e beneficie a prática de Yoga, a pessoa deve encher todas as partes, ou seja, fazer uma respiração completa. Para acertar a respiração, é interessante saber como você respira. “Alguns testes podem ser feitos para se descobrir como alguém absorve o ar. A principal atitude é colocar as mãos do corpo e sentir como seu organismo funciona”, comentou o professor de Porto Alegre. Uma maneira um pouco mais complexa de fazer o teste é pedir ajuda de um conhecido para manipular o corpo. “Peça para alguém segurar seus braços com as mãos juntas, estendidos atrás das costas. Com a coluna ereta, eleve os braços até onde se sentir confortável. Respire profundamente. Se a mão não pesar ou o tórax levantar, sua respiração é clavicular. Se as costelas dilatarem é intercostal e se elas não mexerem, é abdominal”, explicou Moisés Agmep. Procure fazer essa análise em um momento de tranqüilidade, sem pressão, pois o nervosismo pode atrapalhar o resultado. “A respiração do alto do peito é encurtada e é comum respirarmos dessa maneira quando estamos tensos”, explicou o professor de Yoga. Consciência para mudar Depois que souber qual seu tipo de respiração, realize exercícios para tentar mudar o padrão. “A consciência respiratória em cada um dos tipos de respiração é o caminho para a mudança. Com pranayamas e meditação em cada parte e praticando a respiração completa, você consegue mudar o jeito”, comentou André Oliveira. No início, vai ser necessário prestar atenção constante à mudança, mas com o tempo a respiração completa se torna natural. Qualquer outro problema, como prender o ar ou ficar ofegante, pode ser alinhado com a prática de pranayamas e a consciência no ato de respirar. Toda vez que se lembrar, foque na entrada e saída de ar e corrija a respiração. O técnico educador vocal Moisés Agmep sugeriu um exercício para aprender a respirar com toda capacidade pulmonar. “Levante os braços acima da cabeça com as palmas encostadas e a cabeça presa entre os braços. Encha o pulmão sem levantar o tórax, vire o tronco devagar e solte o ar lentamente. Repita dez vezes para cada lado. Isso vai proporcionar uma inspiração completa com menos esforço”, concluiu Moisés. Além das respirações clavicular, intercostal e abdominal, algumas pessoas também apresentam problemas ao respirar. Veja os testes sugeridos pela revista Yoga Journal para descobrir alguns erros comuns que empobrecem a respiração: Teste sua respiração Respiração ofegante: deite-se e espere alguns minutos até que o corpo estabilize o nível de respiração. Conte o tempo da próxima expiração e compare com o tempo da inspiração seguinte. A expiração deve ser um pouco mais longa e, caso isso não aconteça, você tem a respiração ofegante. Como um segundo teste, tente encurtar a inspiração. Se isso causar angústia, você provavelmente é ofegante. Como é fácil manipular o resultado desses testes, você pode pedir para outra pessoa contar para você em um momento que não esteja prestando atenção. Respiração presa: prender a respiração depois de inspirar é o erro de respiração mais comum. Para determinar se você faz isso, preste atenção à transição da inspiração para a expiração. Um prendedor de respiração geralmente sente uma “segurada” e deve ter dificuldade para começar a expiração. Essa tendência é particularmente notada durante exercícios. Você pode reduzir o problema relaxando conscientemente o abdome assim que a inspiração termina. Respiração contrária: a respiração contrária acontece quando o diafragma abaixa na inspiração e o abdome vai para baixo na expiração. Deite-se de costas e coloque as mãos no abdome. O abdome deve lentamente ficar reto quando você expira e crescer um pouco quando inspira. Se acontecer o oposto, você tem a respiração contrária. Como a respiração contrária pode acontecer apenas na aplicação, esse teste não é completamente confiável. Respiração pela boca: é bem fácil notar se você respira pela boca. Se você não tem certeza, pergunte para os amigos ou tente se observar em um momento de descuido.




É fácil descobrir se sua respiração é pobre ou rica para seu organismo. Esses testes ajudam a saber se você se beneficia ou não dela durante a prática

Por Thays Biasetti

Para que o organismo trabalhe corretamente, o ato de respirar precisa ser eficiente. Desse modo, o pulmão consegue realizar plenamente sua função de troca dos gases, carregando mais oxigênio e eliminando uma maior quantidade de gás carbônico. Quando a respiração é deficiente, podem surgir alguns problemas. “Pessoas que não respiram direito não conseguem oxigenar completamente as células, o que pode levar a desconfortos, como falta de ar e dificuldade de terminar uma frase em um único fôlego”, disse Moisés Agmep educador vocal, de São Paulo.

A respiração pelo Yoga
Do ponto de vista iogue, respirar corretamente equilibra a energia dos chakras localizados nas partes do corpo onde cada respiração atua. “O svadhisthana chakra é responsável pelos órgãos do abdome, como intestinos, rins e órgãos sexuais, e é ativado pela respiração abdominal. O manipura, da respiração da parte baixa da costela, atua no sistema digestivo. E o anahata é o chakra do coração que consegue energia com a respiração clavicular”, disse André Oliveira, professor de Yoga, de Porto Alegre, que comenta que quando a pessoa respira pelo peito, tem a respiração encurtada, causando a sensação de falta de ar. Assim como a respiração estritamente intercostal pode enfraquecer os chakras do abdome e do coração, e respirar pelo abdome gera uma energia exagerada no svadhisthana chakra e desequilibra o restante. A respiração completa é capaz de energizar igualmente todos os chakras e manter o equilíbrio do organismo.

A respiração pobre também atrapalha a prática de Yoga por questões físicas. Se os pulmões não encherem plenamente, o iogue pode sentir falta de ar, indisposição e até tontura. “A respiração é um dos pontos mais importantes do Yoga. É ela que traz a energia vital para o corpo e melhora a prática de asanas. Por isso, uma das primeiras coisas que um praticante aprende são os pranayamas”, comentou André. O professor de Porto Alegre disse que em práticas fortes, o respirar “pela metade” pode não conseguir oxigenar as células e, então, vêm os desconfortos. “É igual em qualquer outro exercício aeróbico. Se faltar ar, a pessoa pode até desmaiar”, explicou.

Como você respira?
Segundo os professores e especialistas, há quatro formas fisiológicas de respirar: pela parte superior do peito ou clavicular; pela parte inferior do tórax ou intercostal; pelo abdome, respiração abdominal; ou utilizando as três partes, que é a respiração completa. “A respiração clavicular é responsável por apenas 25% do ar que absorvemos; a abdominal 60%; e a intercostal 15%”, explicou André Oliveira. Para que toda a capacidade do pulmão seja preenchida e beneficie a prática de Yoga, a pessoa deve encher todas as partes, ou seja, fazer uma respiração completa.

Para acertar a respiração, é interessante saber como você respira. “Alguns testes podem ser feitos para se descobrir como alguém absorve o ar. A principal atitude é colocar as mãos do corpo e sentir como seu organismo funciona”, comentou o professor de Porto Alegre. Uma maneira um pouco mais complexa de fazer o teste é pedir ajuda de um conhecido para manipular o corpo. “Peça para alguém segurar seus braços com as mãos juntas, estendidos atrás das costas. Com a coluna ereta, eleve os braços até onde se sentir confortável. Respire profundamente. Se a mão não pesar ou o tórax levantar, sua respiração é clavicular. Se as costelas dilatarem é intercostal e se elas não mexerem, é abdominal”, explicou Moisés Agmep. Procure fazer essa análise em um momento de tranqüilidade, sem pressão, pois o nervosismo pode atrapalhar o resultado. “A respiração do alto do peito é encurtada e é comum respirarmos dessa maneira quando estamos tensos”, explicou o professor de Yoga.

Consciência para mudar
Depois que souber qual seu tipo de respiração, realize exercícios para tentar mudar o padrão. “A consciência respiratória em cada um dos tipos de respiração é o caminho para a mudança. Com pranayamas e meditação em cada parte e praticando a respiração completa, você consegue mudar o jeito”, comentou André Oliveira. No início, vai ser necessário prestar atenção constante à mudança, mas com o tempo a respiração completa se torna natural. Qualquer outro problema, como prender o ar ou ficar ofegante, pode ser alinhado com a prática de pranayamas e a consciência no ato de respirar. Toda vez que se lembrar, foque na entrada e saída de ar e corrija a respiração.

O técnico educador vocal Moisés Agmep sugeriu um exercício para aprender a respirar com toda capacidade pulmonar. “Levante os braços acima da cabeça com as palmas encostadas e a cabeça presa entre os braços. Encha o pulmão sem levantar o tórax, vire o tronco devagar e solte o ar lentamente. Repita dez vezes para cada lado. Isso vai proporcionar uma inspiração completa com menos esforço”, concluiu Moisés.

Além das respirações clavicular, intercostal e abdominal, algumas pessoas também apresentam problemas ao respirar. Veja os testes sugeridos pela revista Yoga Journal para descobrir alguns erros comuns que empobrecem a respiração:

Teste sua respiração
Respiração ofegante: deite-se e espere alguns minutos até que o corpo estabilize o nível de respiração. Conte o tempo da próxima expiração e compare com o tempo da inspiração seguinte. A expiração deve ser um pouco mais longa e, caso isso não aconteça, você tem a respiração ofegante. Como um segundo teste, tente encurtar a inspiração. Se isso causar angústia, você provavelmente é ofegante. Como é fácil manipular o resultado desses testes, você pode pedir para outra pessoa contar para você em um momento que não esteja prestando atenção.
Respiração presa: prender a respiração depois de inspirar é o erro de respiração mais comum. Para determinar se você faz isso, preste atenção à transição da inspiração para a expiração. Um prendedor de respiração geralmente sente uma “segurada” e deve ter dificuldade para começar a expiração. Essa tendência é particularmente notada durante exercícios. Você pode reduzir o problema relaxando conscientemente o abdome assim que a inspiração termina.
Respiração contrária: a respiração contrária acontece quando o diafragma abaixa na inspiração e o abdome vai para baixo na expiração. Deite-se de costas e coloque as mãos no abdome. O abdome deve lentamente ficar reto quando você expira e crescer um pouco quando inspira. Se acontecer o oposto, você tem a respiração contrária. Como a respiração contrária pode acontecer apenas na aplicação, esse teste não é completamente confiável.
Respiração pela boca: é bem fácil notar se você respira pela boca. Se você não tem certeza, pergunte para os amigos ou tente se observar em um momento de descuido.

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