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Olhe para os dois lados

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Observe os mundos interior e exterior com esta meditação de olhos abertos. Shambhavi mudra  é uma meditação de olhos abertos feita para integrar (ou reintegrar) nossos mundos interno e externo. Observe os mundos interior e exterior com esta meditação de olhos abertos   Quando meditamos, normalmente pensamos em ir para dentro. Fechamos os olhos e focamos nossa atenção em algum processo interno que ocorre espontaneamente, como a respiração, ou a repetição de um mantra. A suposição lógica — e a ideia reforçada pelos professores — é que o objeto da nossa meditação, nosso autêntico Eu está em algum lugar “dentro” de nós. Acompanhando esta crença está a ideia de que o mundo “de fora”, devido à grande agitação, distrai, e que é um obstáculo para a meditação. Patañjali resumiu essa visão clássica de meditação no  Yoga Sutra . Para ele, o mundo material era destituído de Eu, e era o último obstáculo para a autorrealização. Muitas vezes, o  yogi  clássico era comparado com uma tartaruga encolhe

Relaxe!

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Deitar-se em viparita karani pode ajudá-lo a encontrar serenidade Recentemente, o comitê que faz o dicionário de língua inglesa da Oxford revelou que a palavra mais usada em inglês é “tempo”. Provavelmente, quando usamos o termo na conversa diária, é para expressar a nossa crença de que não temos tempo suficiente em nossas vidas. Preenchemos as agendas com tarefas e compromissos. A conseqüência de viver desta maneira é ficar estressado e a impressão é de que não temos tempo para eliminar esse problema da rotina. Mesmo nas aulas de Yoga, a postura de relaxamento no final parece durar apenas uns cinco minutos, infelizmente não o bastante em termos fisiológicos para proporcionar ao nosso corpo o descanso apropriado. Viparita karani (postura das pernas na parede) é uma solução elegante. Permanecer de 10 a 15 minutos na postura aquieta a mente, abaixa a pressão arterial, vitaliza as pernas e relaxa o corpo. Pode ser feita no final de uma prática ativa para rejuvenescer, como parte de

Yamas e nyamas.

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Com fazer nossas escolhas, quando defrontados com dilemas aparentemente insolúveis desde o ponto de vista ético? Como conduzir nossas ações para nos manter alinhados com o princípio da não-violência? Como devemos ou podemos viver, de fato, a vida de Yoga? Para facilitar o nosso caminho de praticantes, existe felizmente um código de conduta, conhecido como  yamas e  niyamas . Esse código tem duas versões, das quais a mais conhecida é apresentada pelo sábio Patañjali no clássico texto  Yoga Sūtra . Essa versão do código, que deve ser bem familiar ao amigo leitor, consta de dez elementos: cinco  yamas  e cinco  niyamas . Estas duas palavras, respectivamente, se referem às recomendações daquilo que deve ser feito, e as que indicam o que deve ser evitado. Não obstante, existe ainda outra versão, mais antiga e ampla porém bastante menos conhecida, que consta de vinte elementos: dez yamas e dez niyamas. Ela aparece na  Śāṇḍilya Upaniṣa d e na  Varaha Upaniṣad . Também figura na  Haṭha Yoga

YOGA PARA SEMPRE

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Paulo Vieira   A situação da sociedade está empobrecida, e a empobrecer progressivamente no que diz respeito a valores comportamentais. Estes valores são extremamente importantes para o bom funcionamento de qualquer tecido social, desde o mais pequeno, por exemplo uma família, ao maior, como por exemplo um país ou mesmo o planeta. Estas regras de conduta sustentam as relações interpessoais tornando-as mais produtivas, sinceras e harmoniosas, originando bem-estar, entendimento e paz. O Sanātana Dharma, mais conhecido como Hinduísmo aqui no ocidente, é o conjunto de todas as entidades religiosas, espirituais e sociais da Índia. Estas abarcam um conhecimento que é eterno e encerram em si mesmo um conjunto de valores que sustentam, ou pelo menos deveriam sustentar, o bom funcionamento das sociedades. Dharma quer dizer literalmente "aquilo que sustenta" e que, por isso, revela as características intrínsecas daquilo que é sustentado. Um livro só será um livro se tiver capa, l

COMO 'SILENCIAR' OS PENSAMENTOS?

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Esta é a típica pergunta mal formulada. O que você quer: silêncio ou conhecimento? Para que você quer o silêncio? Por quanto tempo você quer esse silêncio? Você acha que ele irá resolver seus problemas? Saiba que, no melhor dos casos, você os deixa para mais tarde. Quando você dorme, aliás, os pensamentos estão em silêncio, mas os problemas não são resolvidos. Para que você quer o silêncio, então? O que resolve mesmo todas as questões, o sofrimento, as dúvidas, a tristeza e demais emoções destrutivas, é o autoconhecimento, é compreender quem você é. Nada mais. Todos os pensamentos estão centrados no ego. A mente é a voz do ego. A mente é o material do ego pensando, duvidando, desejando ou rejeitando. Não é necessário 'silenciar a mente'. É preciso sim, compreender quem você é, e que tipo de mente você precisa cultivar: uma mente objetiva e tranqüila. Pare de repetir como um papagaio coisas que você ouviu por aí. Ouça esta estória: um jovem vê um caçador na floresta, carregand

Quando menos é mais

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Por: Helena Echlin Ganhe tempo para fazer coisas que ama simplificando sua vida   Judy Davis nunca compra nada novo se puder evitar. Essa consultora de marketing freelancer de 58 anos prefere roupas de brechó e móveis usados. Em vez de compra presentes, ela dá plantas de seu jardim ou bolsas que costura com tecidos de roupas vintage. Judy é parte de um grupo que fez um voto de não comprar nada novo por um ano exceto o essencial como comida, remédio, produtos de limpeza e roupas íntimas (mas não vale lingerie de Paris). Embora algumas pessoas levam a simplicidade tão a sério como esse grupo, mais e mais de nós estamos involuntariamente diminuindo as compras e o consumo. Muitos indivíduos que escolhem esse estilo de vida são yogis. O trabalho seminal da filosofia do Yoga,  Yoga Sutra  de Patanjali, desaprova o materialismo e alguns yogis acham que apenas a prática de asana os ajuda a ser mais feliz com menos. A busca pela vida simples não é novidade, claro. De Quakers a Transcendentali

O JÑÁNA MUDRÁ

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Jñána mudrá significa 'o gesto que outorga o conhecimento'. Os dedos indicador e polegar se unem pelas pontas, formando um círculo, e os outros permanecem juntos e descontraidamente estendidos. Este mudrá também recebe o nome de shráddha prána kriyá, significando shráddha atenção, verdade, lealdade. Prána kriyá refere-se à dinamização da energia vital. Este mudrá é amplamente utilizado para a prática de pránáyáma e meditação. Fecha um circuito eletromagnético no corpo sutil do praticante, impedindo que a energia se disperse durante a prática de Yoga. Estimula a respiração e a irrigação sangüínea no cérebro, aumenta as capacidades intelectuais e a memória e facilita a concentração no ájña chakra, centro do conhecimento intuicional.  Se você for usar este gesto para respiratórios ou concentração, lembre que a posição sentada deve ser estável porém cômoda, mantendo a coluna vertebral naturalmente ereta, os ombros, braços e pernas relaxados e a fisionomia descontraída. No context